Hoje, numa reflexão com a equipa da Estrutura de Emprego (EEP), foi este texto que ecoou e deu voz a tanta vida entregue, dedicada e ao serviço para que outras vidas (com rosto e história) se ergam!
Para não esquecer...
«Numa praia tranquila, junto a uma colónia de pescadores, morava um escritor.
Todas as manhãs ele passeava pela praia, a olhar as ondas. Assim, ele inspirava-se e, de tarde, ficava em casa a escrever.
Um dia, ao caminhar pela areia, ele viu um vulto que parecia dançar. Chegou mais perto e viu que era um jovem, que pegava estrelas-do-mar da areia, uma a uma, e lançava-as ao oceano.
- Então? – disse-lhe o jovem com um sorriso, sem parar o que fazia.
- Por que é que você está a fazer isso? – perguntou o escritor, curioso.
- Não vê que a maré desceu e o sol está a brilhar com muita força? Se estas estrelas ficarem aqui na areia, vão secar ao sol e morrer!
O escritor até achou bonita a intenção do miúdo, mas esboçou um sorriso cético e comentou:
- Só que existem milhares de quilómetros de praia por esse mundo fora, meu caro. Centenas de milhares de estrelas-do-mar devem estar espalhadas por todas essas praias, trazidas pelas ondas. Você aqui, a lançar umas poucas ao oceano, que diferença faz?
O jovem olhou para o escritor, pegou em mais uma estrela da areia, atirou-a para a água do mar, voltou a olhar para ele e disse:
- P’ra esta, eu fiz diferença.
No dia seguinte, de manhãzinha, o escritor foi para a praia. O jovem apanhava as primeiras ondas do dia. Juntos, com o sol ainda manso, começaram a lançar estrelas-do-mar de volta ao oceano.»
(Extraído de um livro do Dr. Lair Ribeiro)
